LITERATURA COMO FERRAMENTA ANTIRRACISTA

letramento racial e literário a partir da obra Os Tambores de São Luís de Josué Montello

Autores

Resumo

 O presente estudo, cujo objetivo principal é propor uma intervenção de letramento racial e literário, a partir da leitura da obra Os Tambores de São Luís (1985), de Josué Montello, que aproxime-se da educação antirracista e que considere a representação negra na literatura brasileira. Letramento é parte do processo educativo e formativo do pensamento crítico. Neste sentido, letramento racial, habilidade prática por meio da qual podemos constatar a existência do racismo, bem como estabelecer meios de se combatê-lo. Já o letramento literário, capacidade de compreender e envolver-se com o texto literário, transportando-se para além da simples leitura e escrita. Assim, a proposta aqui é unir os referidos letramentos em uma intervenção que extrapole a superficialidade do antirracismo buscando letrar racial e literariamente. Metodologicamente recorremos à pesquisa bibliográfica. Além disso, a justificativa para tal estudo reside justamente em contribuir com as estratégias educacionais que estejam em consonância com o postulado pela Lei 10.639/2003. Envolvendo-se com a trajetória de memória e história de Damião, personagem central do romance histórico de Montello, pretende-se propiciar um espaço de discussões e reflexões a partir de um círculo de leitura semiestruturado. 

Biografia do Autor

  • Isabel Maria Lopes, UFU/ Doutoranda em Educação

    Isabel Maria Lopes, mulher, negra, quilombola, professora e pesquisadora. Doutoranda em Educação (PPGED- FACED- UFU). Mestre em Educação pela UFU- Universidade Federal de Uberlândia (2024). Graduada em Letras: português, inglês e suas literaturas pelo UNIPAM- Centro Universitário de Patos de Minas (2015). Especialista em Literaturas de Língua Portuguesa: Identidades, Territórios e Deslocamentos- Brasil, Moçambique Portugal, diferentes olhares pela UNIFESP- Universidade Federal de São Paulo (2021). Rondonista na Operação Bororos (2015). Servidora pública estadual, professora de língua portuguesa, SEE/MG- SRE- Patos de Minas, na Escola Estadual João Pereira Brandão, em Varjão de Minas-MG. Atualmente, desenvolve pesquisa em educação a luz de gênero, raça e classe.

  • Raquel Virginia Lopes, UFU/ Doutoranda em Educação

    Raquel Virginia Lopes, possui graduação em Agronomia e em Pedagogia,especialização na área das Ciências Agrárias, e duas especializações na área da Educação em: Docência do Ensino Superior e Orientação inspeção e Supervisão Escolar. Mestre em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia. Cursando Doutorado em Educação na Universidade Federal de Uberlândia. Atualmente é professora efetiva do quadro permanente de servidores públicos municipais da Prefeitura Municipal de Varjão de Minas/MG. No ano de 2021 recebeu o titulo de cidadã honorária de Varjão de Minas/MG pelos serviços voluntários prestados em prol da valorização e difusão da cultura e identidade da população negra no município. Os trabalhos enquanto pesquisadora concentram-se nas Áreas de: Educação Básica; Educação da Primeira Infância; História da Formação Docente; História das Infâncias; Formação de Professores; Educação para as Relações Étnico- Raciais; Diversidade, Cultura, Formação de Identidades e Educação; Políticas Educacionais; Movimentos Sociais e Educação; História da Educação dos Negros no Brasil; Feminismo Negro.

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Publicado

09-10-2025